Como misturar esses três ingredientes: imoralidade, corrupção e política e juntar ao “patriotismo” (como se fosse um prato de salada) do qual hipocritamente nos obrigamos a viver?
Ao escolher uma época degradante como o Carnaval, onde as
facetas da sociedade se escondem atrás de máscaras e não se pronunciam sobre os
problemas nacionais e municipais que afronta o povo. Aumento de IPTU e tarifas
do transporte público são uma delas.
Assisti a um filme do Airton Senna neste feriado, emocionante
como deveria ser, e ao mesmo tempo ficava olhando para alguns avanços que
tivemos no município recentemente. No filme, mesmo Senna não sendo de família
carente, não foi isso que o colocou no lugar em que estava, porém, estive
imaginando um novo herói daqui um tempo. Sei e tenho ciente que jamais
condenaremos ninguém, pelos erros de seus pais ou avós, não citarei nomes, mas é
de se imaginar que nossa cidade pode ter potencial para isso. O único porém, e
distante do que Senna foi para todos nós, é, que suponhamos que Cascavel lance
um novo herói. Será que a árdua batalha, privação de amigos e amigos, quando
foi correr no exterior, determinação, e, alem de tudo, será que éramos nós que
pagamos para ele ser o corredor?
Com tanto desvio de dinheiro público em todos os poderes, massacre
sobre os trabalhadores ao aplicar tarifas extremas dificultando qualquer forma
que garanta que seu dinheiro possa ser melhor usado. Como podemos ter um novo herói,
sendo que será oriundo do uso de máquina pública, misturado com iniciativa
privada, concessões e muito desvio de dinheiro.
Suponhamos que ajeitar o autódromo e o kartódromo traga benefícios
para rede de hotelaria, restaurantes, boates, bares, entre outros, não
significa que tenhamos de tirar da educação e da saúde.
Senna mesmo não estando aqui, deveria se orgulhar de sua família
por terem criado uma instituição que ajudou mais de 12 milhões de crianças. Será
que haverá um meio no futuro para uma atitude menos egoísta em que com o dinheiro
público, promover um familiar para que seja algo que não será? Eu teria muita
vergonha de tirar dos funcionários e população algo que poderia facilmente melhorar
suas vidas. Acredito que pelo menos dois terços da população está sendo afetada
com tais medidas. Dinheiro do povo tem que ser usado com o povo. Ganhar
dinheiro com a máquina pública não é algo que sustentará moral de família
alguma envolvida nestes processos. Diminuir de 19.900 o próprio salário para 9.950
não irá fazer tanta diferença, afinal se o próprio povo fosse sócio da
prefeitura, que é o que deveria ser, bastaria fazer um chamado de capital, mas
precisamos de reais motivos para isso. Haveria uma auto administração,
enumerada pelo que é necessidade, e logo, pelo que ajuda a nos desenvolver. Voltando
ao nível nacional, teremos milhares de problemas que inventaram para
resolvermos, como se fosse culpa nossa. Nenhum deles foi criado sem um pensamento de melhoria coletiva, e sim, pessoal.
Não podemos deixar misturarem o que é pessoal com o que é público. Isso é
imoral, porém parece que essa palavra anda junto com a corrupção e o atual modo de fazer política. O povo tem que derrotar a politicagem e todos serem os heróis e não alguém ser herói.
Anunciando então a ansiosa audiência pública no dia 7 de Março na Câmara
de Vereadores de Cascavel e amanhã (13/02) às 11 horas estaremos reunidos ao lado do Boca
Maldita no calçadão da Brasil, esperando apoio da população de Cascavel a favor
de um aumento justo e também para a redução da tarifa do transporte coletivo, dos quais ambos precisa que todo cidadão cascavelense, que possa ser chamado de cidadão, ande com seu título de eleitor enquanto não for protocolado, para colhermos as 15.000 assinaturas.
Saudações.
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